A decisão sobre o tratamento da lesão do manguito rotador muitas vezes é difícil. É comum que existam dúvidas sobre a indicação do tratamento conservador ou tratamento cirúrgico. As preocupações mais frequentes envolvem:
De forma geral, podemos dizer que, na maioria dos casos, não existe uma decisão unicamente correta . Todos os fatores do paciente devem ser levados em consideração ( idade, nível de dor, tempo de lesão, entre outros). Muitas vezes pode ser tentado o tratamento não cirúrgico inicialmente e observar a evolução. Porém, em algumas situações a cirurgia é a melhor opção já na primeira avaliação .
Abaixo avaliamos alguns fatores para a tomada de decisão:
Este é um tema bastante discutido na especialidade do ombro. Diversos estudos científicos avaliaram a evolução natural de uma lesão não operada . O principal achado é que as lesões maiores, com maior afastamento entre o tendão e o osso, progridem mais rápido . Já as lesões menores que 1,5 a 2,0 cm podem ficar estáveis durante anos , mantendo o ombro funcional e sem dor , mesmo existindo a lesão. Quando o tratamento conservador é escolhido, é importante que se mantenha um acompanhamento clínico . Sinais de piora da dor e função do ombro podem ser indicativos de uma piora da lesão .
A cirurgia de reparo do manguito rotador leva a melhora das queixas dos pacientes na maioria dos casos . Rupturas reparáveis mostram melhora da dor e recuperação da força do ombro no médio e longo prazo. A taxa de melhora gira em torno de 90% na maioria dos estudos científicos. As características da lesão e do paciente influenciam. Lesões pequenas e médias e pacientes com boa condição clínica e física são fatores favoráveis para a cirurgia.
Os riscos da cirurgia do manguito costumam ser baixos . A cirugia é considerada um procedimento de porte médio, geralmente realizado com anestesia geral, com taxas muito baixas de complicações anestésicas . Quanto aos resultados, uma possível complicação é a falha de cicatrização do tendão ou nova ruptura após a cirugia. A taxa desse tipo de complicação também é baixa, em torno de 10%, e costumam corresponder aos pacientes que mantêm dor a longo prazo após a cirurgia. Nas primeiras semanas após a cirugia, é comum existir dor, mas a evolução normal é uma melhora gradual da dor.
Sim, é possível. Muitos pacientes com ruptura do manguito rotador possuem função normal do ombro, sem dor. A evolução é muito variável e não depende unicamente da característica da lesão. Pacientes com rupturas parciais (que não acometem toda a espessura do tendão) podem apresentar dor intensa, enquanto pacientes com lesão maiores podem apresentar poucos sintomas. O principal critério para acompanhar o tratamento conservador deve ser a melhora do quadro clínico (melhora da dor e boa função do ombro) .
No tratamento não cirúrgico, inicialmente devemos diminuir a reação inflamatória no tendão e controlar a bursite, o que costuma durar 2 a 3 semanas . Após esse período, começa a fase de ativação da musculatura e reequilíbrio muscular de forma leve e gradual , sem causar retorno da inflamação. Isto pode demorar semanas a meses. Uma boa condução com um fisioterapeuta é muito importante nesta fase.
Com o tratamento cirúrgico, é recomendado o uso de tipóia por 4 a 6 semanas após a cirurgia. A reabilitação com fisioterapia é iniciada entre 2 e 3 semanas após a cirurgia . Geralmente, o paciente consegue realizar atividades funcionais leves com o braço operado nesta fase e progressivamente aumenta o grau das atividades. O tempo de duração da fisioterapia é muito variável, podendo ser de 2 ou 3 meses até próximo de 1 ano, dependendo da resposta do paciente , tipo de lesão e cicatrização do tendão.
A dúvida sobre a escolha do tratamento do manguito rotador é muito comum. É essencial um bom diagnóstico e uma avaliação clínica completa para escolha da melhor alternativa. Em caso de dúvida, informe-se e procure opiniões de especialistas que você confie.
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