O ombro congelado, ou capsulite adesiva, é um processo inflamatório da cápsula do ombro. A cápsula é um tecido elástico que reveste a articulação e produz o líquido sinovial , que lubrifica a articulação. Na capsulite adesiva, ocorre uma inflamação desta estrutura, causando dor e perda de movimento . Ocorrem também aderências entre a cápsula e as estruturas próximas , o que leva à rigidez, ou perda de movimento.
O sintoma inicial da capsulite adesiva é dor no ombro. No início, o quadro se confunde com bursite ou tendinite , mas na capsulite a dor aparece principalmente nos movimentos de rotação , como colocar um casaco ou blusa, e outros movimentos que necessitam rotação para trás do corpo . É comum a dor ser pior de manhã e melhorar parcialmente ao longo do dia. A dor também aparece à noite ao deitar , e existe dificuldade para encontrar posição para dormir.
Após um período de semanas a meses, ocorre perda da amplitude de movimento , que pode ser leve e pouco perceptível, como pode ser significativa, causando grande limitação . A perda de amplitude caracteriza a capsulite como ombro congelado, devido à rigidez articular . Esse sintoma é percebido em atividades do dia-a-dia, como para realização de higiene pessoal, dificuldade nas mulheres para colocar sutiã, ou dificuldade para pegar objetos em uma prateleira. Na comparação, o paciente nota que o ombro dolorido tem menos mobilidade que o outro lado, como na elevação do braço acima da cabeça
As principais causas da capsulite adesiva estão relacionadas a alterações hormonais ou metabólicas , mas na maioria dos casos não é possível identificarmos um fator específico , como alterações em exames de sangue que expliquem o aparecimento da doença. Neste caso, a alteração é caracterizada como primária, ou idiopática (sem causa identificada) , sendo o mais comum.
O ombro congelado aparece principalmente em mulheres entre 40 e 60 anos . A etnia oriental também é considerado um fator de risco. Em alguns casos, a condição aparece após alguma doença, como o diabetes mellitus, doenças cardíacas e neurológicas, alterações da tireóide , ou após cirurgias torácicas, cirurgias plásticas, uso de alguns medicamentos e traumatismos do ombro.
O diagnóstico da capsulite adesiva é realizado principalmente pela história clínica e exame físico . A dor sem causa aparente que progride com perda de movimento deve levantar a suspeita . A principal característica é a perda progressiva da amplitude de movimento do ombro. O ortopedista deve suspeitar de capsulite com base nas características da dor e pela perda de movimento em algumas direções, mesmo que seja discreta.
Radiografias são necessárias para descartar outras patologias, como osteoartrose ou alterações da estrutura óssea do ombro, e a ressonância magnética tem sido cada vez mais importante no diagnóstico , sendo possível identificar sinais de inflamação da cápsula articular e aumento da espessura , relacionada à presença de fibrose e aderência às estruturas mais próximas.
Algumas fraturas , como da parte superior do úmero, ou luxações do ombro com lesão de ligamentos podem apresentar perda de movimento durante a evolução e características semelhantes ao ombro congelado . Porém, a perda de movimento pode ser pela lesão traumática em si , como no caso de uma fratura consolidada de forma inadequada . A artrose do ombro (degeneração da cartilagem articular) também é uma causa importante de rigidez do ombro e pode ser confundida com a capsulite adesiva.
A história natural da capsulite adesiva pode durar de 1 a 2 anos e é dividida em 3 fases:
Fase inflamatória
O tratamento da capsulite adesiva deve ser individualizado de acordo com a fase da doença . Pacientes na fase inflamatória apresentam benefício com o uso de anti-inflamatórios, corticóides e infiltração articular . A fisioterapia contribui para o alívio da dor , mas nesta fase deve-se ter cuidado com manipulações excessivas para que não haja piora do quadro inflamatório.
Fase de congelamento - rigidez articular
Para os pacientes na fase de combro congelado, a fisioterapia deve progredir nos exercícios para alongamento da cápsula . Nesta fase, é possível realizar a manipulação articular com intensidade crescente, contanto que não haja piora do nível de dor . Sessões curtas e frequentes de alongamento da cápsula são mais efetivas do que sessões longas e esparsas ao longo dos dias. A maioria dos pacientes apresenta bons resultados e o tratamento bem conduzido e bem executado costuma encurtar a história natural da doença
Alguns pacientes necessitam a realização de procedimentos para melhora do quadro. A infiltração articular com corticóides e manipulação articular sob anestesia é uma boa opção para os pacientes que não apresentam melhora com fisioterapia . É um procedimento realizado com sedação anestésica, semelhante a procedimentos de endoscopia , permitindo que o paciente tenha alta poucas horas após sua realização. Em casos com maior rigidez, com longo tempo de evolução e causas secundárias (cirurgias prévias, fraturas, etc) pode ser necessário a realização de cirurgia (video-artroscopia) para liberação das aderências, fibrose e alongamento da cápsula.
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